Lazarus I
Acrílico sobre tela - 120x100 cm
A série de pinturas Lazarus, com seus rostos/entes despersonalizados, por vezes assexuados e até desumanizados, surge como uma metáfora da sociedade moderna cujas emoções afloram em decorrência de certos fatos que a abalam para logo entrar em estado robótico e, após, letárgico, similar à morte, “ressuscitando” eventualmente noutra ocorrência que motiva sua saída do torpor, porém por pouco tempo, num ciclo interminável.
Sem título
Óleo sobre tela - 80x60 cm
Sem título
Óleo sobre tela - 80x60 cm
"A fome" representa o flagelo mais antigo da humanidade. A cianotipia do busto de Nefertiti relembra a escassez bíblica no Egito, as colagens de páginas na língua francesa remetem ao drama das guerras no velho mundo, a cianotipia de uma radiografia mostra os ossos expostos, tudo explicando a melancolia da face retratada e a compleição cadavérica da personagem que nos recorda dos subjugados nos campos de concentração nazistas.
A fome
Acrílico, xerocópias e cianotopias coladas, sobre aglomerado - 100x70 cm
A raiva
Acrílico sobre tela colada em aglomerado - 66x40 cm
Sem título
Óleo sobre tela - 80x60 cm
Navalny
Acrílico, colagem de desenho em nanquim e fitas adesivas, sobre aglomerado - 100x70 cm
Em 22 de abril de 2022, Alexey Navalny, inimigo do regime imposto por Vladimir Putin na Rússia sofre nova condenação a mais de 9 anos de prisão, em julgamento altamente suspeito, com a nítida intenção de silenciá-lo. Navalny já havia anteriormente sido envenenado com substância radiativa antes da prisão.
No mesmo dia, o Brasil foi ranqueado como o país de número 111, em um total de 180, sobre segurança para o trabalho da imprensa.
A imprensa, olhos e voz da sociedade democrática, não pode ser censurada, ameaçada ou detida, sob risco do Estado de Direito sucumbir ao totalitarismo.
Lazarus II
Acrílico, goma laca indiana e verniz cristal sobre aglomerado - 100x70 cm